T21 ou síndrome de Down? Entenda sobre essa mudança

A síndrome de Down, Trissomia 21 ou T21 são diferentes maneiras de nomear uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo a mais, no par 21.

John Langdon Down foi o primeiro a descrever a síndrome de Down em 1866 e por isso, recebeu o nome de síndrome de Down. Até pouco tempo, as descrições de algumas síndromes e doenças eram realizadas por epônimos, isto é, homenagem à pessoa que descreveu a condição. Há diversas síndromes nessa situação.

Porém, dessa maneira, não há uma descrição real a condição sindrômica e sim de um nome. Por isso, há alguns anos a comunidade da área de saúde vem se organizando para uma mudança de nomenclatura de síndrome de Down para T21 (Trissomia 21).

Tudo isso é uma mudança de hábito e como todo hábito, exige tempo e prática para as pessoas se habituarem.

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No caso específico da síndrome de Down, outras questões precisam ser consideradas sobre essa nomenclatura.

Antigamente, as pessoas com síndrome de Down tinham uma qualidade de vida muito prejudicada e faleciam cedo. Hoje, a realidade é completamente diferente, elas estudam, trabalham, viajam, passeiam, namoram e fazem muitas coisas. Com isso, a expectativa de vida está cada vez maior e com qualidade de vida, que é o mais importante.

Com o uso do termo síndrome de Down, a tradução da palavra “Down” com significado traduzido em inglês “baixo, para baixo ou por baixo” se tornou pejorativa e começaram movimentos sobre Up e não Down aumentando ainda mais a forma para essa mudança para T21.

A atuação das pessoas com T21 está cada vez mais ampla e, com as possibilidades terapêuticas, a inclusão real começa acontecer de maneira mais espontânea.

No Brasil, estima-se que há cerca de um caso de pessoas com T21 a cada 700 nascimentos.

Agora que você já entendeu os motivos para esse movimento de mudança de nomenclatura de síndrome de Down para T21, vem juntar-se conosco nesse movimento de mudanças de hábito.

Não tem certo ou errado, mas a verdade é que os seres humanos estão sempre buscando melhorar e se desenvolver estimulando assim, a inclusão e diminuindo os preconceitos.

Vem junto nesse mundo #pormaisinclusão

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Beijos e até a próxima!

 

 

 

5 Mitos sobre Autismo

Atualmente, o diagnóstico de autismo encontra-se mais amplo quando se fala em Transtorno do Espectro Autista (TEA), e esse espectro mostra a variação de sintomas que estão relacionados à alterações no desenvolvimento neurológico, dificuldades de comunicação e/ou de socialização.

O espectro demonstra mais firmemente a ideia de que cada indivíduo é único, mesmo dentro de um mesmo diagnóstico médico. Ou seja, as pessoas com autismo possuem necessidades, competências e déficits diferentes em intensidade e em topografia, mas estão dentro do eixo comunicação-socialização que é a base diagnóstica do autismo.

No entanto, ainda há muita desinformação sobre o transtorno, o que resulta em preconceito (pré-conceito no sentido de falta de conhecimento mesmo), discriminação e na difusão de informações equivocadas a respeito do assunto. Assim sendo, esse post traz 5 mitos a respeito do autismo.

1. O autismo é uma doença mental

Negativo! O autismo definitivamente não é um tipo de doença mental. Na realidade, o autismo é um transtorno do desenvolvimento ainda sem causa totalmente estabelecida, mas já com pesquisas científicas sobre origem genética.

Estudos com evidência científica mostram que o autismo tem causa prioritariamente genética e é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, a pessoa já nasceu autista.

Define-se como doença aquilo que abrange fatores como risco de morte, degradação dos órgãos internos e degradação física. O autismo, por outro lado, classifica-se como sendo um dos transtornos do desenvolvimento.

2. Quem é autista vive em um mundo só seu

Este trata-se de um grande mito e, diga-se de passagem, talvez um dos mais difundidos por aí. Uma criança autista, na verdade, tem uma forma diferenciada de conviver com as outras pessoas por conta das dificuldades de socialização e linguagem que fazem parte do transtorno que ela possui.

Essas restrições frequentemente provocam um déficit na socialização e no relacionamento social da pessoa com autismo e até mesmo gera um desinteresse em interagir. Por essa razão, é de suma relevância que os pais busquem formas de incentivar a criança a ser independente, ter mais autonomia e confiança por intermédio de ações específicas que possam diminuir os efeitos causados pelo transtorno.

3. Autistas não são capazes de demonstrar afeto

As pessoas com autismo são sim afetuosas e carinhosas, elas nutrem SIM sentimentos por seus pais, irmãos, familiares, professores e cuidadores. A grande diferença são os déficits nas habilidades sociais, na teoria da mente e nas funções executivas em que a pessoa com autismo necessita, algumas vezes, de mais empenho e treinamento para diminuir as lacunas sociais.

Há também pessoas com autismo que são mais agressivas, impulsivas, demonstram menos seu afeto, tenham uma baixa tolerância à frustração e possuam uma certa dificuldade em se comunicar com as outras pessoas, elas são muito sensíveis e vulneráveis ao ambiente em torno delas.

A diferença é tão somente nas distintas e múltiplas formas de expressão que elas utilizam e que são diferentes das quais as outras pessoas estão acostumadas.

4. Todo autista é um gênio

Outro mito bastante comum a respeito do autismo. Uma pessoa autista é detentora de diferentes habilidades, inclusive no que se refere a parte do intelecto. Às vezes, essas pessoas são donas de capacidades absurdamente incríveis, como memorizar o mapa de uma cidade e depois conseguir desenhá-lo “de cabeça”, por exemplo.

Há sim pessoas com autismo que tem um QI (quoeficiente de inteligência) acima da média e demonstram ter capacidades maiores do que as comuns. No entanto, isso nem sempre acontece e quando acontece, normalmente, esse conhecimento acima da média está associado ao hiperfoco da pessoa e não generaliza para outras áreas de conhecimento.

Na grande realidade, a maioria das pessoas com autismo tem deficiência intelectual e prejuízos nos comportamentos adaptativos.

5. O autismo é causado por vacinas

Trata-se de uma informação estupidamente falsa, que foi disseminada há alguns anos e continua até hoje na fala coletiva. Hoje em dia com a rapidez na internet, essas notícias ainda continuam sendo propagadas e é preciso tomar cuidado com fake news na área do autismo também.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não existe absolutamente nenhuma prova científica que relacione o autismo a vacinas como rubéola, caxumba e sarampo.

Buscando a verdade sobre o autismo

O autismo não tem cura, mas tem tratamentos que podem amenizar diversos aspectos e até mesmo eliminar alguns sintomas prejudiciais ao desenvolvimento e comportamento. No entanto, sem sombra de dúvida, os mitos e informações falsas sobre essa condição são um dos seus maiores males. Vale a pena buscar informação confiável para saber como lidar com o transtorno de forma correta.

A informação é a maior vitória para diminuir o preconceito!

 

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