Atualmente, o diagnóstico de autismo encontra-se mais amplo quando se fala em Transtorno do Espectro Autista (TEA), e esse espectro mostra a variação de sintomas que estão relacionados à alterações no desenvolvimento neurológico, dificuldades de comunicação e/ou de socialização.
O espectro demonstra mais firmemente a ideia de que cada indivíduo é único, mesmo dentro de um mesmo diagnóstico médico. Ou seja, as pessoas com autismo possuem necessidades, competências e déficits diferentes em intensidade e em topografia, mas estão dentro do eixo comunicação-socialização que é a base diagnóstica do autismo.
No entanto, ainda há muita desinformação sobre o transtorno, o que resulta em preconceito (pré-conceito no sentido de falta de conhecimento mesmo), discriminação e na difusão de informações equivocadas a respeito do assunto. Assim sendo, esse post traz 5 mitos a respeito do autismo.
1. O autismo é uma doença mental
Negativo! O autismo definitivamente não é um tipo de doença mental. Na realidade, o autismo é um transtorno do desenvolvimento ainda sem causa totalmente estabelecida, mas já com pesquisas científicas sobre origem genética.
Estudos com evidência científica mostram que o autismo tem causa prioritariamente genética e é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, a pessoa já nasceu autista.
Define-se como doença aquilo que abrange fatores como risco de morte, degradação dos órgãos internos e degradação física. O autismo, por outro lado, classifica-se como sendo um dos transtornos do desenvolvimento.
2. Quem é autista vive em um mundo só seu
Este trata-se de um grande mito e, diga-se de passagem, talvez um dos mais difundidos por aí. Uma criança autista, na verdade, tem uma forma diferenciada de conviver com as outras pessoas por conta das dificuldades de socialização e linguagem que fazem parte do transtorno que ela possui.
Essas restrições frequentemente provocam um déficit na socialização e no relacionamento social da pessoa com autismo e até mesmo gera um desinteresse em interagir. Por essa razão, é de suma relevância que os pais busquem formas de incentivar a criança a ser independente, ter mais autonomia e confiança por intermédio de ações específicas que possam diminuir os efeitos causados pelo transtorno.
3. Autistas não são capazes de demonstrar afeto
As pessoas com autismo são sim afetuosas e carinhosas, elas nutrem SIM sentimentos por seus pais, irmãos, familiares, professores e cuidadores. A grande diferença são os déficits nas habilidades sociais, na teoria da mente e nas funções executivas em que a pessoa com autismo necessita, algumas vezes, de mais empenho e treinamento para diminuir as lacunas sociais.
Há também pessoas com autismo que são mais agressivas, impulsivas, demonstram menos seu afeto, tenham uma baixa tolerância à frustração e possuam uma certa dificuldade em se comunicar com as outras pessoas, elas são muito sensíveis e vulneráveis ao ambiente em torno delas.
A diferença é tão somente nas distintas e múltiplas formas de expressão que elas utilizam e que são diferentes das quais as outras pessoas estão acostumadas.
4. Todo autista é um gênio
Outro mito bastante comum a respeito do autismo. Uma pessoa autista é detentora de diferentes habilidades, inclusive no que se refere a parte do intelecto. Às vezes, essas pessoas são donas de capacidades absurdamente incríveis, como memorizar o mapa de uma cidade e depois conseguir desenhá-lo “de cabeça”, por exemplo.
Há sim pessoas com autismo que tem um QI (quoeficiente de inteligência) acima da média e demonstram ter capacidades maiores do que as comuns. No entanto, isso nem sempre acontece e quando acontece, normalmente, esse conhecimento acima da média está associado ao hiperfoco da pessoa e não generaliza para outras áreas de conhecimento.
Na grande realidade, a maioria das pessoas com autismo tem deficiência intelectual e prejuízos nos comportamentos adaptativos.
5. O autismo é causado por vacinas
Trata-se de uma informação estupidamente falsa, que foi disseminada há alguns anos e continua até hoje na fala coletiva. Hoje em dia com a rapidez na internet, essas notícias ainda continuam sendo propagadas e é preciso tomar cuidado com fake news na área do autismo também.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não existe absolutamente nenhuma prova científica que relacione o autismo a vacinas como rubéola, caxumba e sarampo.
Buscando a verdade sobre o autismo
O autismo não tem cura, mas tem tratamentos que podem amenizar diversos aspectos e até mesmo eliminar alguns sintomas prejudiciais ao desenvolvimento e comportamento. No entanto, sem sombra de dúvida, os mitos e informações falsas sobre essa condição são um dos seus maiores males. Vale a pena buscar informação confiável para saber como lidar com o transtorno de forma correta.
A informação é a maior vitória para diminuir o preconceito!
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Abraços e até o próximo artigo
Muito obrigada pelos esclarecimentos, foi de grande ajuda essa matéria. Gostaria de pedir autorização para postar nas minhas redes sociais.
Obrigada Andressa. Pode divulgar sim, só peço para colocar o link do texto original ou das nossas redes sociais. Abraços